Segunda edição do evento contou com palestras ligadas à qualidade de vida e ao desenvolvimento
Novo Hamburgo/RS – Em uma noite marcada por encontros e reencontros especiais e pela vontade de crescer e compartilhar conhecimento, o Comitê de Mulheres Empreendedoras da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha promoveu, na quarta-feira (29), a segunda edição do Mentes Conectadas. A abertura do evento foi realizada pelo presidente da ACI, Marcelo Lauxen Kehl, e pela coordenadora do Comitê de Mulheres, Fabiana Bissolotti Rauber.
Empreendedoras de diferentes gerações lotaram o auditório da entidade para refletir acerca do tema “Qual o nosso papel nas transformações do mundo?”. Três palestrantes prenderam a atenção de um público antenado e ávido por saber mais. Sob a mediação da vice-presidente de Infraestrutura da ACI, Gladis Killing, palestraram a coach, consultora e professora da ESPM, Dulce Ribeiro, sobre “Autoconhecimento e protagonismo”; a arquiteta especialista em Ambientes Corporativos e Neuroarquitetura, Priscilla Bencke, sobre “Neuroarquitetura: como os ambientes impactam no seu dia”; e a secretária de Desenvolvimento Econômico de Novo Hamburgo, Paraskevi Bessa-Rodrigues, falando sobre “Gestão por evidências para resultados e o impacto na sociedade”.
HISTÓRIA DE VIDA – Com fortes elementos trazidos de toda a sua trajetória de vida, desde o nascimento, Dulce Ribeiro estimulou a reflexão sobre o autoconhecimento a partir das críticas recebidas por aqueles que nos amam. “É preciso entender isso como ferramenta de transformação”, sublinhou.
Ela deixou bem clara sua paixão pelas pessoas e pela oportunidade de ajudar a mudar caminhos e conceitos a partir de sua própria história. Sempre movida pela inquietude, disse que tudo na vida tem os aspectos positivos e negativos e cabe a cada um explorar os positivos e entender, e não fugir, dos negativos, que servirão, da mesma forma, para transformar. Dulce também abordou a importância do autoconhecimento como forma de desenvolver outra ferramenta fundamental para a vida: a empatia. “Todo o ser humano é capaz de ser digno e precisamos estar juntos. Que nossa discordância não nos afaste”, enfatizou.
O CÉREBRO E O AMBIENTE – A força que existe nos ambientes que as pessoas ocupam diariamente, na maioria das vezes, não é percebida, embora seja decisiva. A afirmação da arquiteta Priscilla Bencke levou a pensar sobre como o lugar que habitamos ou trabalhamos pode influenciar em vários aspectos, pessoais, emocionais e profissionais. De acordo com ela, as mudanças nas relações e na produtividade são possíveis a partir de um olhar mais sensível para o ambiente, que pode começar com ações bem simples. “Um ambiente como este auditório, por exemplo, onde temos uma luz amarelada, paredes amadeiradas e flores que nos remetem à natureza, poltronas confortáveis, pode despertar sensações incríveis e isso fica registrado como emoções positivas que serão lembradas por muito tempo”, disse a arquiteta.
Para Priscilla, o foco em um ambiente deve ser sempre a pessoa e a partir dela muda-se o ambiente. E estas sensações vão muito além da questão visual. Os cinco sentidos integram esse conjunto de ferramentas de percepções construindo uma rede de bem-estar e de autoconhecimento. “Quando enxergamos algo, o cérebro leva para experiências, sejam elas boas ou más”, afirmou Priscilla, ao ressaltar que isso vale para o ser humano em qualquer época de sua vida.
PODER QUE IMPACTA – Cientista política por formação, Paraskevi Bessa-Rodrigues estimulou um outro olhar sobre a gestão pública. Diante das constantes desconfianças ou incredulidade nas ações do poder público, ela falou sobre os esforços diários que tem empreendido junto à sua equipe à frente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedec) de Novo Hamburgo. “Devemos ter políticas públicas que vão impactar as pessoas baseadas em evidências”, destacou a secretária.
Ela levou diversos exemplos de ações realizadas desde que começou a atuar na gestão da prefeita Fátima Daudt, entre elas o case de sucesso que é a Sala do Empreendedor, um local que acolhe quem precisa abrir uma empresa na cidade. Quando assumiu a pasta, lembrou, o prazo médio para abertura de empresas na cidade de Novo Hamburgo era de 480 dias. Hoje, esse período caiu para sete dias. “Acreditamos que o propósito da administração pública é o de proporcionar às pessoas encontrar seu caminho. A gestão pública não está aqui para atrapalhar o crescimento das empresas e dos cidadãos, pelo contrário, porque quando estes crescem, o município no qual trabalhamos também cresce”, pontuou.
Seguindo esta linha, a titular da Sedec também falou da promoção de eventos por meio da Fenac, do fomento à agricultura e produção rural, especialmente no que se refere ao trabalho de mulheres no bairro rural de Lomba Grande, e também do intenso trabalho de fiscalização da secretaria, além da recuperação de recursos para investimentos em obras e programas de crescimento e desenvolvimento.
Ao final do evento, os participantes fizeram perguntas às palestrantes e o momento de troca de ideias e posicionamentos enriqueceu ainda mais o debate. O patrocínio do Mentes Conectadas foi de Conseg Gestão Integrada em Saúde, Segurança e Meio Ambiente; Duarte Benetti; Estrelatur e Sicredi Pioneira RS, com apoio de Armonizzare Ambientes Organizados, Clínica Magrass Novo Hamburgo, Programa Faça Acontecer, TAG de LUX – Moda Sustentável, Vike Centro Auditivo e Vivero.
De Zotti – Assessoria de Imprensa