Canoas/RS – A reunião de diretoria plena do Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e Eletroeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita (Simecan), realizada na quarta-feira (13), contou com a participação do economista Igor Morais. Ele apresentou uma conjuntura econômica do Brasil e do Rio Grande do Sul, analisando o comportamento do PIB (Produto Interno Bruto), que teve um bom início de ano, mas se encontra num processo de desaceleração, além de observar a produção industrial, que teve os três Estados do Sul liderando no desempenho, em um movimento cíclico comum, assim como avaliou os segmentos do comércio e o setor de serviços.
No setor industrial, segundo o economista, nem todos os segmentos tiveram boa performance em 2019. Os destaques responsáveis pelo crescimento apresentado no ano ficam com o derivado do petróleo, couro e calçado, produtos de metal e veículos (automóveis, reboques e carrocerias). “Historicamente, o segmento de veículos, reboques e carrocerias no RS segue a dinâmica brasileira, pesando 8,4% do total do PIB no país”, observou.
Igor Morais também destacou os principais desafios que se desenham para o Rio Grande do Sul, e os possíveis cenários futuros para o Estado. Nesse sentido, explicou que as exportações sempre foram um vetor importante para o RS, mas nos últimos meses esse processo perdeu fôlego, o que contribui para tornar o cenário futuro mais desafiador.
No setor de serviços, embora ainda mantenha um lento crescimento, a avaliação de Igor Morais aponta para as atividades que contribuem para que o resultado final não seja tão ruim. Ele destaca o ramo de hotéis, restaurantes e serviços correlatos, assim como os prestados às famílias, como recreação, atividades esportivas e outros que incluem, por exemplo, lavanderia, cabelereiro, aulas particulares. As atividades das empresas de serviços de Tecnologia da Informação (TI) também recebem análise positiva, englobando desenvolvimento, licenciamento e consultoria em softwares, tratamento de dados e serviços de internet.
Os maiores desafios para o próximo ano, na apresentação do economista, estão na dívida consolidada dos Estados e na Previdência. “O problema da dívida não é generalizado dentre os Estados, o que torna mais difícil uma negociação”, reforçou, ao citar Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e o Rio Grande do Sul como os Estados de maior déficit.
A reunião de diretoria plena foi conduzida pelo presidente do Simecan, Roberto Machemer.
De Zotti Comunicações