Caxias do Sul/RS – “O Rio Grande do Sul tem tudo para ser um destaque no ramo das startups no Brasil”. A afirmação é do representante da AGS (Associação Gaúcha de Startups), François Holl, que participou, na quinta-feira (03), do painel “Ecossistemas de Inovação”, durante a 28ª Mercopar, realizada em Caxias do Sul. De acordo com o empreendedor francês, é fundamental a existência de eventos de aproximação entre profissionais, startups e empresas, e consumidoras finais de serviços.
Para Holl, diversos eventos vêm colocando o RS no topo da inovação de startups, tais como a Mercopar e o Gramado Summit. “Essas iniciativas fomentam o ecossistema local e mostram a inovação existente na Serra gaúcha e em outros municípios do Estado. Contamos com uma economia diversificada e a existência de excelentes universidades para formação de capital humano. Empreender é difícil, é importante saber que existem organizações como a AGS, que dão apoio no processo”, finalizou.
Fernando Gonçalves, do Mobi Caxias, explicou, na prática, o que significa um ecossistema de inovação. “Formamos um movimento da sociedade civil de Caxias do Sul para pensar a cidade do futuro, unindo diversas entidades representativas do município. Queremos promover ações, gerando sinergia para que possamos convergir naquilo que é estratégico para a cidade”, ressaltou.
Nesse sentido, o Mobi Caxias criou três câmaras setoriais: infraestrutura, turismo e atração de investimentos, sendo que dentro da última há a setorização da inovação. “Queremos criar ambientes locais que favoreçam o desenvolvimento dessa nova economia, e aí pensando basicamente nas startups e empresas de tecnologia que tragam ideias inovadoras, para que a cidade possa se desenvolver de maneira conectada com o que está acontecendo no mundo”, complementou.
Nesse sentido, Gonçalves vai mais longe: “Existem várias ações e atividades acontecendo e uma das dificuldades é a conexão entre esses movimentos, de modo que se possa criar a sinergia. Uma de nossas metas, enquanto Mobi Caxias, é criar a conexão entre os vários atores do ecossistema, como a existência de programas que aproximam as startups dos eventuais investidores”. Ele pontuou que existe uma rede grande de apoio. “Basta que as pessoas tenham vontade de empreender uma ideia bem fundamentada”.
Sobre a necessidade de fazer parte de um ecossistema integrado de inovação, Gonçalves afirma ter uma visão muito clara. “Ou o empreendedor vira uma empresa de tecnologia ou se transforma em um hub de tecnologia, onde há a conexão de várias plataformas para entregar um produto que gere valor e atenda às necessidades das pessoas”. Ele finaliza dizendo que ninguém deve ter medo de empreender e errar, pois isso é normal. “No entanto, quando há um acerto, isso pode mudar o mundo”.
A mediação do painel foi realizada pelo incentivador de ecossistemas de startups Edson Mackeenzy. A 28ª Mercopar tem o patrocínio da Marcopolo, Randon, Sicredi Pioneira e Porto de Rio Grande. Mais informações estão disponíveis no site .
De Zotti Comunicações