Novo Hamburgo/RS – Estruturar a empresa para mudanças, desenvolver uma cultura, missão, visão e valores que suportem o modelo escolhido, preparar incentivos diferenciados para gestores e colaboradores, e criar um plano de ação para evitar as armadilhas do sucesso. Estas foram algumas das dicas apresentadas no Economia & Negócios promovido na noite de terça-feira (16) pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha. A consultora empresarial, pesquisadora e professora acadêmica, Aruana Rosa, palestrou sobre a gestão da mudança, abordando questões como a transformação digital influenciando na vida das empresas, as mudanças organizacionais que são necessárias para transformação nas empresas, como iniciar um movimento de mudança e realizar a gestão da mudança na prática, como identificar um líder transformador na equipe e também como engajar a equipe para realizar a gestão da mudança.
Graduada em Comércio Exterior, pós-graduada em Docência no Ensino Superior, mestre e doutoranda em Administração de Empresas, Aruana atuou por oito anos em empresas multinacionais nas áreas de Gestão de Projetos Internacionais, Vendas, Compras e Logística. “Nós temos mentes muito criativas no Brasil, mas precisamos desenvolver contextos propícios para inovar, como menos burocracia e mais agilidade”, afirmou ela, ao questionar os participantes, que lotaram o auditório da ACI, se as empresas estão preparadas para a mudança. “Ás vezes temos ótimos gestores, mas que na hora de se reciclarem não estão se adaptando às mudanças. A tecnologia está vindo para fazer uma disrupção em todos os setores. Portanto, a gestão estratégica de hoje é muito diferente de como os gestores trabalhavam no passado. Não tem como falar em mudanças, sem falar em desconforto. É ruim mudar, mas é necessário. Estamos mudando os hábitos todos os dias”, afirmou ela.
Ao reforçar que a transformação digital no mundo é uma realidade, a palestrante citou vários exemplos do que está por acontecer nos próximos anos. Frisou que o consumidor brasileiro está acompanhando esses movimentos e ainda que o comportamento humano está sendo dirigido pela mudança tecnológica. “Os brasileiros ocupam a 2ª ou 3ª posição no ranking mundial na utilização das principais plataformas de mídia social”, observou. Mas, ao mesmo tempo em que salientou que há uma tendência de crescimento do e-commerce, a diversidade ainda é baixa no Brasil. “Temos um potencial muito grande para usar o e-commerce. Ainda estamos focando apenas em telefones e dispositivos eletrônicos. E os principais desafios enfrentados pelas empresas são o engajamento do consumidor, o marketing, preço e formas de financiamentos”, considerou.
Aruana Rosa também abordou o cenário brasileiro de startups e ainda e evolução das empresas. “Muitos negócios precisam evoluir para sobreviver no mercado. Mas, mudar de segmento nem sempre é o único caminho para inovar. Abrir novos nichos, sem deixar de lado o principal, é uma ótima alternativa. Mas para toda mudança, é preciso desconstruir para reconstruir, escutando com atenção o mercado, o seu consumidor. E a liderança é peça chave nesta disrupção”, ensinou.
O evento foi conduzido pelo vice-presidente de Economia, André Momberger. O patrocínio do Economia & Negócios foi de Justen Serviços Contábeis e Sicredi Pioneira RS .
De Zotti – Assessoria de Imprensa
