Novo Hamburgo/RS – A conjuntura sistêmica atual, os desafios para evoluir e a importância da participação sócio-política foram alguns dos assuntos tratados no Prato Principal promovido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, na quinta-feira (23). O diretor-presidente da CMPC Celulose Riograndense, Walter Lidio Nunes, palestrou com o tema “Ambiência Brasil para o Empreendedorismo”.
Formado em Engenharia Mecânica, com especializações em Desenvolvimento Gerencial, na Inglaterra, Nunes cursou ainda a Fundação Getúlio Vargas e especializou-se também em Tecnologia da Celulose. Trabalhou na antiga Riocell, no período de 1973/76 e, no ano seguinte, iniciou na Aracruz Celulose como engenheiro, ascendendo a outros cargos ao longo de seus 25 anos na empresa. Nessa organização, sua experiência profissional foi desenvolvida nas áreas de produção, manutenção, engenharia, desenvolvimento de tecnologias nas áreas industriais, florestais, meio ambiente e gestão de pessoas, na função de diretor de Operações. Com um olhar empreendedor, Walter Lídio Nunes afirma que falta uma governança estratégica para o desenvolvimento do país. “É preciso aprender como transitar neste novo momento, porque não temos lideranças. O Brasil está cheio de boas propostas, mas não vai avançar se não tiver uma ação política de cidadania”, destacou ele.
O palestrante do Prato Principal esteve à frente da execução de cinco projetos de construção de fábricas de celulose, sendo três no Espírito Santo, um na Bahia e um no Rio Grande do Sul. Em 2010, assumiu a presidência da CMPC Celulose Riograndense, localizada na cidade de Guaíba. No ES é conselheiro no movimento Espírito Santo em Ação, que se propõe a melhorar a qualidade da governança pública e a integrar empresas e governo na busca das melhores soluções para a sociedade. E no Rio Grande do Sul, é diretor do Centro das Indústrias do RS, vice-presidente da Associação Gaúcha das Empresas Florestais e vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Papel, Papelão e Cortiça do RS, além de participar dos conselhos do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade, Agenda 2020 e Movimento Brasil Competitivo. Com a experiência de vivência empresarial, ele apresentou um questionamento na reunião-almoço: onde estamos quando nos comparamos na economia globalizada?
Walter Nunes tratou sobre a posição do Brasil em facilidades para fazer negócios, a competitividade sistêmica, o Custo Brasil, a política cambial, os acordos comerciais e a política externa ideológica. “Precisamos atrair confiança do capital externo e as reformas precisam ser de rupturas. Além das nossas empresas, temos que nos preocupar com o que acontece lá fora. É nossa obrigação como empreendedores. Sem participação não teremos mudanças e reformas profundas e não iremos aumentar a participação na economia globalizada”, complementou ele.
O Prato Principal teve o patrocínio de Sicredi Pioneira RS, com apoio de Unisinos, e colaboração de Fabio Winter & Lu Freitas Fotografia, Mover Acessibilidade, Stratosom Sonorização e Sucos Petry.
De Zotti – Assessoria de Imprensa