Novo Hamburgo/RS – Auditório lotado com um público ávido em conhecer trajetórias de sucesso, de pessoas que dedicam conhecimento, aprendizado e uma dose de coragem e vontade de colocar em prática os sonhos e desejos, ao mesmo tempo que enfrentam desafios. A manhã de terça-feira (11) foi dedicada para aprender e receber estímulos, através de cases de sucesso apresentados no 7° Encontro de Empreendedorismo, realizado pelo Comitê de Jovens Empreendedores da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha.
O presidente da ACI, Marcelo Lauxen Kehl, e a vice-presidente de Jovens Empreendedores, Roberta Cassel Greenfield, ao abrirem o evento, ressaltaram que a entidade ruma ao seu centenário, no próximo ano, sempre focada no que está acontecendo no mundo. “É preciso estar receptivo a ideias novas e formas de fazer diferente, por isso trazemos trajetórias que estão dando certo, mostrando que é possível”, pontuou Kehl. O Seminário contou com as palestras de Guto Massena, co-fundador da Dobra, que apresentou o case “Por dentro de uma das startups mais conscientes do Brasil”; Claudia Robinson, fundadora e proprietária da CauCakes, abordando “Eu só queria fazer brigadeiro!”; Pedro Englert, CEO da StartSe, falando sobre “Como as novas tecnologias e os novos modelos de negócio estão desafiando a gestão tradicional”; e Bárbara M. Müller Silva e Christian Seidl Silva, co-fundadores da Clo^^, que apresentaram “Clo^^: uma marca, um propósito”.
Guto Massena, que integra o núcleo Jovem da Associação Comercial de Montenegro, ao iniciar seu depoimento, fez questão de citar que o grupo se inspira nas ações realizadas pelo Comitê de Jovens Empreendedores da ACI. O projeto da Dobra surgiu a partir de um trabalho na faculdade com um dos co-fundadores. Ao se dedicarem em estudos de futurismo e novos modelos de negócios, há três anos surgiu a empresa que tem produção 100% local, artesanal e com mão de obra valorizada. “Não mantemos estoque. Só produzimos sob demanda, especialmente para cada cliente, e nossa equipe hoje conta com 20 pessoas, todos recebendo o mesmo salário”, contou. Irreverentes na forma de pensar e agir, as estampas utilizadas nas carteiras e demais acessórios são colaborativas. “Nos abrimos como plataforma para que qualquer pessoa que faça ou tenha artes engavetadas consiga expor seus trabalhos. Nossas estampas são feitas por artistas independentes e designers do Brasil inteiro, que recebem parte do lucro das vendas”, complementou. “Queremos impactar positivamente a sociedade, a partir da empresa, pois pequenas inspirações geram grandes soluções”, sintetizou ele.
A fundadora e proprietária da CauCakes, de Novo Hamburgo, Claudia Robinson, há sete anos decidiu realizar seu sonho. Sempre adepta aos trabalhos manuais, iniciou os cursos de Arquitetura e de Moda, mas foi na gastronomia que se realizou. Depois de morar na Austrália, onde teve a oportunidade de trabalhar num café e num restaurante, descobriu que esta área, para ela, era deslumbrante. “Convivi com pessoas de todos os lugares do mundo, mas na cozinha era a mesma linguagem. Esta foi, de fato, a minha faculdade, onde testei oportunidades. Ao retornar para o Brasil, em 2012 alugou um pequeno espaço, transformando em seu atelier. “Foi um novo desafio mostrar para o público o que era o conceito de atelier, no que fazia na área dos cupcakes”, lembrou ela. Em 2017 o movimento de encomendas e vendas aumentou muito e a equipe aumentou. “Precisei treinar as pessoas e, desde então, decidi que duas vezes ao ano vou para fora do Brasil, buscar novidades em vários pontos, busco conhecimento no atendimento, embalagens, visando, literalmente, aumentar meu sonho”, afirmou. O ano de 2018 foi de expansão da loja, estruturação da empresa com profissionais em várias áreas e hoje a CauCakes conta com dez funcionários.
Já o assunto “Como as novas tecnologias e os novos modelos de negócio estão desafiando a gestão tradicional” foi tratado por Pedro Englert, CEO da StartSe. Gaúcho e hoje morador de São Paulo, ele passou uma temporada no Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, quando constatou que lá não se encontra o futuro, mas sim o presente. “Nunca foi possível sonhar tão alto e minha ideia de ficar parado durante um ano foi desmotivada, no momento que percebi que iria parar no tempo. As evoluções tecnológicas são muito rápidas e precisamos acompanhar. Por exemplo, não há mais como educar um filho com uma visando daqui 15 anos. Hoje isso não existe mais, é muito diferente. Não temos mais a previsibilidade que tínhamos no passado, portanto, o momento é agora. É preciso experimentar e errar. As empresas que não permitirem isso às pessoas, estão fadadas a não seguirem em frente. O mundo está em transformação”, observou.
Bárbara M. Müller Silva e Christian Seidl Silva, co-fundadores da Clo^^, apresentaram “Clo^^: uma marca, um propósito”. “Nosso negócio está inserido no movimento slow fashion. Somos sustentáveis, trabalhamos com estoque zero e reutilização de sobras industriais para fazer os produtos”, explicaram. Apoiando a caisa animal, assim como, assim como Claudia Robinson, eles afirmaram que “é preciso criar um sentido de propósito para os outros”.
O patrocínio do 7° Encontro de Empreendedorismo é de Objetiva Administradora de Condomínios – Especialista no que faz e Palterm Industria e Comércio, com apoio de Sicredi Pioneira RS.
De Zotti – Assessoria de Imprensa